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Níveis de Consciência Você sabe o que são?

níveis de consciência

Estou lendo (talvez atrasado em relação aos leitores ávidos) o livro Sapiens, do Yuval Harari, devido a indicação de um amigo. E fico absolutamente hipnotizado cada vez que o abro para ler um pouco. Isso porque, ele tem me levantado algumas questões sobre níveis de consciência.

No livro, Harari conta a história da nossa espécie, o Homo sapiens, arriscando teorias sobre o motivo de sermos a única do gênero Homo ainda no planeta.

Além do mais, ele conta todos os estragos que já fizemos à fauna e à flora. E aponta o quanto nossos ancestrais aparentemente exterminaram a concorrência. Afinal, não vemos andando por aí nenhum Homo Neanderthalensis ou Floresiensis.

E para que os mais entendidos não atirem pedras em mim, sim, já foi descoberto que há humanos modernos que têm 4% do DNA do Homo Neanderthalensis em seu código genético.

níveis de consciência

Características do homo sapiens relacionadas aos níveis de consciência

O fato é que o Homo Sapiens é a espécie mais letal do reino animal.

E isso não aconteceu por sua força física descomunal (imagine só um humano moderno numa briga de rua com um gorila). Ou por sua velocidade superior (qualquer quadrúpede médio deixa um humano sem chances numa corrida). Ou então por sua resistência fora do comum à sede (camelos, me ajudem).

Verdade, nós temos um conjunto bastante forte de características amarradas principalmente pela resistência, mas perdemos feio nas características isoladas.

Ainda assim, a antropologia já realizou descobertas sobre o sumiço de diversas espécies da natureza assim que o Homo sapiens passou a dividir terreno com elas.

Apesar de não ser mais forte, mais veloz, mais feroz ou mais resistente, é indiscutível que o Homo sapiens é o topo da cadeia alimentar. O tamanho do cérebro, sozinho, tampouco explica isso. O Homo neanderthalensis tinha a cavidade cerebral maior do que a nossa e mesmo assim isso não foi suficiente para protegê-lo de nós.

níveis de consciência

O que nos coloca no topo da lista dos predadores é nossa capacidade de imaginar – o que também chamamos de consciência.

Níveis de consciência como diferencial

Qualquer outro ser vivo senciente consegue até organizar pequenos grupos para evitar situações perigosas (na maioria dos casos, de maneira instintiva). Mas é no máximo uma situação casual.

Somente o Homo sapiens foi capaz, até hoje, de realizar a organização de grandes grupos, com propósitos, de maneira não casual, com mais níveis de consciência.

Voltando à idade da pedra, essa é uma das explicações, por exemplo, para o fim do Homo neanderthalensis.

O Homo neanderthalensis juntava 30, 40, 50 indivíduos para proteger o bando. Enquanto o Homo sapiens conseguia organizar diversos grupos diferentes reunindo centenas de indivíduos para derrotar o bando de Homo neanderthalensis.

Depois se separavam novamente em grupos menores e voltavam à vida normal, coletando frutas e alimentos, e, eventualmente, matando algum animal em busca de proteína.

Evolução do Homo sapiens

Conforme a história foi se desenvolvendo, o Homo sapiens foi imaginando com mais complexidade e sofisticação.

Imaginou linguagem e, a partir dela, criou crenças importantes que começaram a juntar grupos cada vez maiores, sem que todos conhecessem uns aos outros e também sem um objetivo imediato.

Surgiram as religiões, que de uma maneira simplista são conjuntos de crenças compartilhadas que ditam regras de conduta a seus adeptos. Apesar das igrejas e templos, o que faz uma religião ser forte é o fervor com o qual as regras imaginadas por ela são seguidas, e não o patrimônio físico de cada uma.

Aqui fazemos a ponte com o objeto deste artigo… Um assunto tão amplo e interessante, mas pouco discutido na prática: os níveis de consciência.

A capacidade de imaginar que nos torna diferentes de todos os outros seres vivos. E, desde o início de nossa espécie, nos coloca em vantagem, vem em ondas que se desenvolvem no indivíduo e no coletivo.

níveis de consciência

Iniciarei uma série de artigos aqui em que vou explicar resumidamente o modelo de cores para os níveis de consciência, utilizado por Ken Wilber na Teoria Integral. E derivado do modelo de consciência cognitiva (Piaget, Aurobindo), do modelo de consciência de identidade (Loevinger, Cook-Greuter) e do modelo de consciência de valores (Graves, Beck, Cowan).

Como em todo o restante da Teoria Integral, Ken Wilber, na dimensão dos níveis de consciência, utilizou um tipo próprio de classificação (uma variação da identificação por cores), traçando paralelos com as outras teorias.

Este é um tema de base que nos ajuda a entender como as dinâmicas sociais e profissionais funcionam. Isso porque, muitos temas sobre presença e liderança emergem dos níveis de consciência, bem como técnicas importantes de negociação e resolução de conflitos.

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Um pouco sobre mim

Me chamo João de Lorenzo, trabalho com planejamento estratégico, concepção e implementação de projetos e com (quase) tudo relacionado a vendas e gestão de força de vendas. Estudo Teoria Integral há alguns anos e acredito que a máxima do Ken Wilber que diz que “estão todos parcialmente corretos” é uma das chaves para um mundo mais tolerante e menos polarizado, com espaço para todos.

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