Você está evitando confrontos? Descubra os efeitos cognitivos que sabotam suas decisões

Tenho certeza que você já fez pelo menos uma dessas coisas: adiou abrir uma mensagem no celular ou um email porque queria evitar o máximo possível o momento daquela conversa difícil. Ou, talvez, passou dias sem abrir o aplicativo do banco porque ver o saldo negativo te causava uma grande angústia. Quem sabe você continue levando aos empurrões aquele emprego que já não te traz a mínima felicidade e vá para o trabalho todos os dias sentindo o peso do desânimo porque está assustado demais com as incertezas de uma nova carreira. Pode ser que você esteja ignorando os sinais de problema do seu relacionamento atual, evitando situações de conflito e acreditando que tudo vai se resolver sem explicação…

Essas pequenas ações podem parecer inofensivas, mas são exemplos claros de efeitos cognitivos que distorcem sua percepção da realidade e influenciam seu comportamento de maneiras previsíveis. Esses comportamentos são formas de evitar o desconforto imediato, mas acabam te levando a tomar decisões mal-informadas que a longo prazo te prejudicam mais ainda.

Alguns efeitos cognitivos são como armadilhas invisíveis que nossa mente cria. Eles são muito estudados na psicologia cognitiva, a área que investiga processos mentais internos como percepção, memória, linguagem, resolução de problemas e tomada de decisão. Muitas vezes, esses efeitos vêm de heurísticas – atalhos mentais que usamos para tomar decisões rápidas e com pouco esforço cognitivo. Embora possam ser úteis, esses atalhos muitas vezes acabam nos levando a erros sistemáticos e a desenvolver vieses que sabotam nosso julgamento.

Daniel Kahneman

Daniel Kahneman, psicólogo e vencedor do Prêmio Nobel de Economia, descreve esses processos em seu livro “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”. Ele distingue entre dois sistemas de pensamento: o Sistema 1, que é rápido, automático e intuitivo, e o Sistema 2, que é mais lento, deliberado e lógico. A maioria dos efeitos cognitivos vêm do Sistema 1, que funciona com base em atalhos mentais que nem sempre estão certos. Embora essa teoria de Kahneman esteja errada do ponto de vista biológico, pois não existem sistemas separados no cérebro, ela nos ajuda a compreender de forma mais fácil algo que é bastante complexo.

Para te ajudar a entender melhor e superar as barreiras cognitivas que podem atrapalhar a sua vida sem que você perceba, compilei uma lista com 33 desses principais efeitos cognitivos e os dividi em 3 grupos distintos.

Neste primeiro grupo, vamos nos aprofundar mais sobre os Efeitos de Negligência e Fuga e entender porque, como evitamos ou ignoramos informações desconfortáveis e o que fazer para lidar com isso de uma forma consciente. Na segunda lista vamos tratar sobre os Efeitos de Comparação e Percepção, e trarei uma análise de como nossas percepções e julgamentos são influenciados por comparações e contextos. Finalmente, a terceira lista  se concentrará nos Efeitos de Comportamento e Decisão, explicando como os vieses da mente influenciam  diretamente nossas escolhas e ações.

Vamos juntos navegar pelo funcionamento prático da mente a fim de identificar esses padrões e aprender como enfrentá-los para tomar decisões mais conscientes e levar uma vida muito melhor.

O que são os efeitos de negligência e fuga?

E que atire a primeira pedra quem nunca evitou confrontar informações ou situações desconfortáveis. Guiados pelos efeitos de negligência e fuga, isso pode resultar em uma negação da realidade, tomada de decisões mal-informadas e comportamentos que podem ser prejudiciais a longo prazo. Esses efeitos são motivados pelo desejo de evitar o desconforto emocional que vem com a aceitação de informações negativas ou a necessidade de fazer mudanças difíceis.

Esse fenômeno está relacionado à teoria da dissonância cognitiva, apresentada pela primeira vez pelo psicólogo norte americano Leon Festinger, em 1957. A dissonância cognitiva acontece quando experimentamos um desconforto mental devido a crenças ou comportamentos conflitantes. Para aliviar essa tensão, muitas vezes acabamos escolhendo ignorar ou minimizar informações que contradizem nossas crenças ou que exigem uma mudança de comportamento. Por exemplo, o estudo “Establishing an Information Avoidance Scale”, feito pela psicóloga Jennifer Lee Howell, da Universidade da Califórnia, e publicado no Journal of Experimental Social Psychology, descobriu que pessoas que foram lembradas de seus próprios comportamentos prejudiciais à saúde eram mais propensas a evitar informações adicionais sobre os riscos desses comportamentos.

A evitação acontece de várias maneiras, como procrastinação, negação ou busca de distrações. Um exemplo disso foi documentado durante a crise financeira global de 2008, no estudo “Looking into the Abyss: The Influence of Mortality Salience on Investment Risk-Taking”, publicado no Journal of Behavioral Finance, que mostrou como a crise financeira afetou como os investidores percebiam o risco e acabavam evitando  informações negativas sobre suas finanças para reduzir o estresse. Nesse caso, eles preferiam a ignorância ao estresse de enfrentar uma situação financeira difícil.

imagem da crise econômica de 2008

É o que acontece com muitas pessoas em situações cotidianas: preferem pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito, adiando o problema para depois, sem analisar as consequências que o excesso de juros causará no mês seguinte. É aquela situação de empurrar com a barriga, sem querer enfrentar o problema até que seja tarde demais.

Mas é aí que mora o problema: quando evitamos informações desconfortáveis acabamos sendo levados a tomar decisões piores, afinal, não temos todas as informações importantes.  O estudo “The Benefits of Negative Feedback for Performance”, feito por Edward J. Conlon e Robert L. Porter, publicado na Academy of Management Journal, provou que líderes que buscam e lidam com feedback negativo têm maior probabilidade de melhorar o desempenho de suas equipes.

Mas então, quais são os efeitos de negligência e fuga, como eles funcionam e como enfrentá-los?

1. O Efeito Avestruz

Todos nós já passamos por um período financeiro difícil que parecia nos consumir mentalmente. Seu cartão de crédito já está sem limite, as contas básicas como as de luz, água e aluguel estão acumuladas. Seu celular apita com uma nova mensagem do banco… mais uma que você não vai abrir, porque abrir aquela mensagem é mais um lembrete da agonia e desespero que toma conta de sua mente toda noite quando se deita para dormir.   Você também evita abrir o app do banco, afinal, ver o extrato negativo é só mais um lembrete dessa situação. Encarar a realidade do saldo negativo ou as contas acumuladas lhe causam medo e ansiedade. Esse comportamento de evitar a situação só piora a ansiedade, mas, por enquanto, parece mais fácil ignorar e esperar que de alguma forma tudo se resolva.

Esse é o Efeito Avestruz em ação: quando ignoramos informações, mensagens ou situações negativas, semelhante a um avestruz que enterra a cabeça na areia quando está com medo ou se sente em perigo. Psicologicamente, isso acontece por conta do desejo de evitar desconforto e ansiedade associados a notícias negativas. Estudos mostram que esse tipo de comportamento pode ser um mecanismo de defesa para proteger a autoestima e o bem-estar emocional.

Durante a crise financeira global de 2008, muitos investidores individuais evitaram olhar para seus portfólios de ações em queda livre. Imagine que você tenha investido suas economias em ações que, antes da crise, estavam estáveis e rendendo bons lucros. Com o colapso do mercado, o valor dessas ações despencou, causando uma enorme perda no valor do seu investimento. A dor emocional de ver suas economias de vida desmoronar fez com que muitos simplesmente ignorassem a situação, evitando verificar seus saldos de investimento ou ler relatórios financeiros. Eles acreditavam que, se não olhassem, a dor seria menor e, de alguma forma, o mercado se recuperaria por conta própria sem que precisassem enfrentar a dura realidade das perdas.

Como evitar:

Para evitar o Efeito Avestruz, é essencial enfrentar qualquer área ou situação desconfortável. Por exemplo, durante períodos financeiros difíceis, em vez de evitar suas finanças, crie uma rotina semanal para revisar seus extratos bancários e contas pendentes. Isso ajuda a tomar decisões informadas e precisas, diminuindo o impacto emocional de surpresas negativas. Encarar a realidade, por mais difícil que seja, permite que você assuma o controle da situação e encontre melhores soluções, comece a resolver o problema e elimine a ansiedade gerada. Além disso, sempre que olhamos para um problema com a parte mais lógica da mente, a intensidade emocional naturalmente diminui. Portanto, por pior que seja, o momento mais complicado é o início, aquele em que você decide encarar o problema. Ou seja, quando o avestruz tira a cabeça do buraco.

2. A Inabilidade de Fechar Portas

Você já esteve em um daqueles momentos da vida em que, sem perceber, está envolvido em diversas atividades grandes e diferentes? Talvez você esteja organizando uma festa de aniversário para um amigo, reformando sua casa, planejando aquela viagem de férias tão sonhada pela Europa e, ao mesmo tempo, tentando se dedicar a um curso online que começou recentemente. Cada tarefa demanda muito tempo e energia, e, ao fim do dia, tudo o que você quer é se jogar no sofá e não fazer mais nada.

Chegando em casa exausto, você se joga no sofá e começa a navegar sem rumo pelas redes sociais. Você se lembra que tinha prometido a si mesmo que hoje finalmente iria retomar aquele livro que está escrevendo ou voltar a praticar guitarra – hobbies que você ama, mas que não consegue priorizar há meses. Você sente um misto de culpa e frustração, percebendo que mais um dia passou e você não fez nada do que realmente queria.

O problema é que você se sente incapaz de abandonar qualquer uma das atividades em andamento porque já investiu tanto tempo e esforço nelas. Talvez você pense: “Já investi tanto na reforma da casa, não posso parar agora,” ou “O curso online já está pago, preciso terminar.” O medo de perder o que já foi investido te impede de focar em uma única coisa que realmente te traz satisfação.

Essa é a Inabilidade de Fechar Portas, um fenômeno sustentado pelo medo do arrependimento e pela FOMO (Fear of Missing Out). Estudos indicam que a incapacidade de se comprometer com uma única tarefa pode levar à dispersão de recursos e energia. E o resultado disso? Aquele famoso “fazer tudo pela metade”. Nosso desempenho fica defasado, de má qualidade, e, como nem um dos projetos tem nossa total atenção, nosso 100%, acabam mal feitos. Continuar insistindo em tantas direções pode impedir você de se concentrar verdadeiramente nas oportunidades que realmente importam e têm maior potencial de sucesso.

Como evitar:

Concentre-se em uma tarefa ou projeto principal de cada vez. Avalie objetivamente o potencial de cada iniciativa e se pergunte: Isso vai me deixar feliz? Isso é realmente importante para o meu crescimento pessoal ou profissional? Por que isso importa para mim? Se as respostas forem positivas para todas as perguntas, esse é um “sim verdadeiro”. Greg McKeown, no livro “Essencialismo,” sugere que, se algo não for um “SIM” forte, então deve ser um “não.” Aprender a dizer “não” a certas oportunidades pode ser a chave para um desempenho melhor e uma vida mais equilibrada e feliz. McKeown argumenta que ao nos comprometermos apenas com o que realmente nos entusiasma e tem um impacto importante em nossas vidas, somos capazes de focar melhor nossos esforços e energia. No caso contrário, quando não for um sim forte, considere declinar educadamente. Isso não significa que você deve evitar desafios ou desconforto, mas sim que deve ser seletivo e estratégico sobre onde investir seu tempo e energia.

Imagine estabelecer uma rotina onde, antes de assumir novos compromissos, você avalia o que já está em andamento e decide conscientemente o que vale a pena continuar e o que pode ser deixado de lado. Reserve uma noite da semana só para seus hobbies ou defina limites claros para quantas atividades você pode assumir ao mesmo tempo. Essa prática não só alivia o estresse, mas também abre espaço para você se dedicar aos projetos e hobbies que realmente trazem alegria e realização pessoal. Assim, ao invés de se sentir constantemente sobrecarregado, você terá mais energia e foco para as coisas que realmente importam.

3. A Falácia do Custo Irrecuperável

Eu sei que você já gastou dinheiro para ir a um show ou festa, mas ao chegar lá, percebeu que o evento não era tão bom quanto parecia, ou talvez você estivesse cansado demais para aproveitar, mas simplesmente se negou a ir embora, porque afinal, já havia investido seu dinheiro nisso. Ou talvez você tenha insistido em um curso ou treinamento que não estava atendendo suas expectativas, simplesmente porque já havia pago por ele e investido horas de estudo. Essas situações são exemplos clássicos da Falácia do Custo Irrecuperável, onde continuamos comprometidos com algo apenas porque já investimos muito, mesmo que não seja mais a melhor escolha.

A Falácia do Custo Irrecuperável acontece porque temos dificuldade em aceitar perdas, preferindo continuar em uma situação, mesmo que negativa, na esperança de recuperar o investimento feito. No entanto, isso pode nos levar a tomar decisões irracionais, prejudicando nosso bem-estar e nos impedindo de buscar alternativas mais vantajosas.

Como evitar:

Baseie suas decisões nos potenciais retornos futuros, e não nos custos já gastos. Pergunte a si mesmo: “O que é melhor a partir de agora?” Em vez de focar no que já foi investido, pense bem sobre as vantagens e desvantagens futuras. Essa perspectiva pode ajudar você a tomar decisões mais racionais e com maiores chances de sucesso, abandonando o que não serve mais para abrir espaço para novas oportunidades que realmente podem ser boas para você.

De forma prática, gosto de adaptar algumas ferramentas do mundo corporativo para a vida pessoal. Uma dessas ferramentas, muito útil para lidar com esse efeito cognitivo, é conhecida como “orçamento base zero”. Esta é uma técnica orçamentária na qual todas as despesas devem ser justificadas para um novo período ou ano, começando do zero, em vez de partir do orçamento anterior e ajustá-lo conforme necessário. Aplicando isso à vida, é uma forma de avaliarmos as nossas decisões a partir do momento presente, pensando em como seria nossa vida se decidíssemos abrir mão de certas coisas que estamos carregando há muito tempo. Trazer essa reflexão para o consciente nos ajuda a tomar decisões mais racionais e a dizer não para aquilo que não mais faz sentido.

4. O Viés da Negatividade

Imagine que você teve um dia bastante produtivo no trabalho. Recebeu elogios de colegas, conseguiu finalizar um projeto importante e até recebeu a notícia de que seu bônus será maior neste ano. Mas, chegando ao fim do dia, seu chefe faz uma crítica sobre um pequeno erro do relatório trimestral que você enviou. Apesar de todos os aspectos positivos do seu dia, você se pega pensando apenas na crítica, sentindo-se frustrado e desmotivado. E fica repassando aquele momento várias vezes na sua cabeça, ou se culpando pelo que fez. E esse pensamento continua voltando para a sua mente, não importa o que você faça. Esse é o Viés da Negatividade em ação, onde uma experiência negativa pode ofuscar várias experiências positivas, tomando conta da sua mente e atrapalhando a sua vida.

O Viés da Negatividade é a tendência que temos a dar mais atenção a eventos negativos do que positivos. Psicologicamente, eventos negativos têm um impacto maior no nosso cérebro devido ao seu potencial de ameaça. Estudos mostram que as pessoas lembram mais e são mais afetadas por experiências negativas do que por positivas. Isso é suportado pela teoria da negatividade, que sugere que os estímulos negativos produzem respostas mais rápidas e mais fortes do que os positivos. O estudo “Bad Is Stronger than Good”, do professor de psicologia de Harvard, Roy Baumeister, de 2001, descobriu que as pessoas tendem a lembrar e ser mais impactadas por críticas negativas do que por elogios no ambiente de trabalho. Mesmo que a maioria das avaliações da pesquisa fosse positiva, os participantes focavam mais nos comentários negativos, o que afetava sua moral e desempenho.

Como equilibrar:

Para equilibrar essa tendência, é fundamental treinar a mente para valorizar mais os eventos positivos. Uma boa prática é anotar diariamente três coisas boas que aconteceram, por menores que sejam. Revisitar esses momentos positivos regularmente ajuda a neutralizar o impacto dos eventos negativos. Além disso, procure manter distância de pessoas que tendem a ser mais negativas e, sempre que notar uma conversa se tornando negativa, mude o rumo. Em pouco tempo, você perceberá uma melhora visível na sua sensação geral de bem-estar.

5. O Viés de Auto-Serviço

E quem nunca esteve em uma partida com os amigos, seja o universal futebol, uma partida de tênis com a turma do clube, ou até mesmo aquela noite de games com a turma. É um jogo intenso, e você está se esforçando ao máximo. Quando você tem alguma conquista importante, seja um ponto difícil ou aquele gol de placa, sente uma onda de satisfação e pensa: “Uau, eu sou realmente bom nisso! Todo o meu treinamento e dedicação estão valendo a pena.” Você se sente no topo do mundo, orgulhoso de suas habilidades e esforço. Agora, imagine o contrário: Você erra um saque crucial, ou aquele chute na boca do gol e perde o ponto. Instantaneamente, sua mente começa a buscar desculpas: “O sol estava nos meus olhos,” ou “O chão da quadra está escorregadio”, “O passe feito para você foi ruim”. Em vez de considerar que talvez você não tenha praticado o suficiente ou que poderia ter se concentrado mais, você atribui a culpa a fatores externos.

Esse é o Viés de Auto-Serviço em ação – a tendência de atribuir nossos sucessos a nós mesmos e nossos fracassos a fatores externos. Psicologicamente, isso acontece porque queremos proteger nossa autoestima e manter uma imagem positiva de nós mesmos. Esse comportamento é comum em várias situações, desde esportes até o trabalho e a vida pessoal. Quando algo dá certo, nosso ego é reforçado; quando algo dá errado, nossa mente busca formas de proteger esse ego, deslocando a culpa.

O psicólogo americano Miron Zuckerman mostrou isso em seu estudo “Attribution of Success and Failure Revisited, or: The Motivational Bias is Alive and Well in Attribution Theory”, de 1979, que revisou pesquisas sobre o Viés de Auto-Serviço. Examinando vários estudos anteriores para entender como as pessoas fazem atribuições de sucesso e fracasso, Zuckerman concluiu que, consistentemente, as pessoas preferem atribuir suas realizações a fatores internos, como sua própria habilidade e esforço, enquanto tendem a culpar fatores externos, como má sorte ou condições desfavoráveis, quando falham. Em sua pesquisa, ele aponta que esse viés é um mecanismo de defesa psicológico que ajuda a manter nossa autoestima, mas pode criar uma barreira para o autoaperfeiçoamento e o aprendizado com as experiências negativas.

Como evitar:

Pratique assumir a responsabilidade por suas ações, tanto boas quanto ruins. Isso ajuda a manter uma visão equilibrada de suas realizações e falhas. Da próxima vez que você enfrentar um fracasso, pergunte a si mesmo: “O que eu poderia ter feito de diferente?”, ou “O que eu aprendi com isso?”. Em vez de culpar imediatamente fatores externos, reflita sobre suas próprias ações e decisões. Você poderia ter praticado mais? Poderia ter se concentrado melhor? Ou talvez ter escolhido uma estratégia diferente?

Além disso, ao celebrar sucessos, reconheça também a ajuda e o suporte que você recebeu de outros. Pode ser o apoio do seu time, os conselhos de um amigo ou até mesmo as condições favoráveis que permitiram que você se destacasse. Essa prática não só te mantém humilde, mas também fortalece os relacionamentos e promove um ambiente de colaboração e gratidão. Ver as falhas como oportunidades de aprendizado também vai ajudar a reformar sua mentalidade sobre crescimento pessoal, te ajudando a ver onde é possível melhorar no futuro.

6. O Viés de Confirmação

Quando você decide comprar algo online, você também é do tipo que gosta de ler as avaliações? Digamos que você pulando de site em site em busca de uma nova TV que viu nos stories de algum influenciador. Você já tem até o modelo específico e todos os detalhes de como essa é uma TV incrível e vai melhorar sua vida.  Você começa a pesquisar online, pulando de site em site desses principais de vendas e clica principalmente em avaliações que elogiam a TV que você deseja. Quando encontra um artigo ou vídeo que aponta problemas com o modelo, você rapidamente ignora ou desacredita a informação, convencido de que esses problemas são exagerados ou irrelevantes.

Isso se chama Viés de Confirmação, a tendência de procurar, interpretar e lembrar informações de maneira que confirme nossas crenças preexistentes. Psicologicamente, isso ocorre porque buscamos consistência e evitamos a dissonância cognitiva – aquele desconforto que sentimos quando somos confrontados com informações que contradizem nossas crenças. Estudos mostram que esse viés pode levar a visões de mundo distorcidas e à resistência a novas informações. Em um estudo clássico de 1979, os psicólogos Charles Lord, Lee Ross e Mark Lepper demonstraram que pessoas com opiniões fortes sobre a pena de morte, ao serem apresentadas com evidências mistas sobre sua eficácia, tendiam a aceitar as evidências que apoiavam sua posição original e desconsiderar as que a contradiziam.

Como evitar:

Procure informações que desafiem suas visões. Isso ajuda a tomar decisões baseadas em todos os fatos, não apenas no que você quer acreditar. Por exemplo, na próxima vez que estiver pesquisando sobre um produto, faça um esforço consciente para ler avaliações de fontes variadas, incluindo aquelas que apontam pontos negativos. Siga perfis e páginas que apresentem perspectivas diferentes, leia artigos de diferentes veículos e converse com pessoas que têm experiências e opiniões variadas sobre o produto. Isso pode ajudar a desenvolver uma visão mais equilibrada e informada sobre o tema.

Tomar essas atitudes pode parecer desconfortável no início, mas expandir seus horizontes e considerar diferentes pontos de vista pode enriquecer sua compreensão do mundo e melhorar suas habilidades de tomada de decisão. Ao fazer isso, você evita cair na armadilha do viés de confirmação e se torna um consumidor de informações mais crítico e consciente. De uma forma prática, adote a perspectiva trazida pelo professor William Ury: ao ouvir o contraditório, faça isso de uma forma aberta, lembrando que você não precisa concordar, discordar, dar opinião ou tentar convencer alguém. Você precisa apenas ouvir. Eu garanto que, com este simples exercício, você pode perceber facilmente como o seu padrão de tomada de decisão começa a mudar para melhor.

7. O Viés de Ação

Se você entrou na onda das criptomoedas, é possível que já tenha vivido algo parecido: depois de passar meses acompanhando com entusiasmo a valorização de algumas moedas em alta, você decidiu comprar aquelas que pareciam ter mais potencial. Seu portfólio está bem diversificado e, até agora, suas escolhas têm se mostrado acertadas. No entanto, de repente, você começa a notar uma volatilidade maior do que esperava. Notícias alarmantes sobre a regulamentação desses ativos por governos ao redor do mundo começam a surgir, e você sente uma forte pressão para agir rapidamente.

Você começa a pensar em vender tudo imediatamente, com medo de que os preços despenquem ainda mais. Sem avaliar todas as informações disponíveis e sem consultar seu plano inicial, você decide vender, acreditando que essa é a melhor decisão no momento. Dias depois, o mercado se estabiliza e o valor da sua carteira volta a subir, deixando você frustrado por ter tomado uma decisão impulsiva.

Você foi dominado pelo Viés de Ação, a tendência de se sentir pressionado a agir, mesmo quando não fazer nada poderia ser a melhor escolha. Psicologicamente, a inação muitas vezes é associada à passividade ou negligência, e queremos evitar a sensação de que não estamos fazendo o suficiente. Estudos mostram que a tendência de agir pode levar a decisões impulsivas e contraproducentes.

Em 1977, os psicólogos e especialistas em percepção de risco e tomada de decisão Baruch Fischhoff, Paul Slovic e Sarah Lichtenstein conduziram uma pesquisa chamada Knowing with Certainty: The Appropriateness of Extreme Confidence” (Conhecimento com Certeza: A Adequação da Confiança Extrema), conduzindo uma série de experimentos para explorar como as pessoas lidam com a certeza e a confiança em suas decisões. Eles descobriram que as pessoas muitas vezes superestimam sua capacidade de prever resultados futuros e, consequentemente, agem com excesso de confiança. Esse excesso pode levar a decisões impulsivas e que levam ao erro, especialmente em situações onde esperar por mais informações seria a melhor estratégia.

Os participantes do estudo foram convidados a fazer previsões e a avaliar sua confiança nessas previsões. Os resultados mostraram que, mesmo quando as previsões eram imprecisas, os participantes demonstravam um nível de confiança desproporcionalmente alto. Essa confiança extrema resultou em ações precipitadas, como mudanças desnecessárias em suas estratégias de investimento ou decisões pessoais importantes, sem considerar todas as informações disponíveis.

Como Evitar:

Já dizia aquele velho ditado da sabedoria popular: “A paciência é a chave para a felicidade”. Para fugir do viés da ação é importante considerar os benefícios da paciência e da inação. Tome decisões reflexivas, comparando cuidadosamente os prós e contras da ação versus a inação. Antes de tomar uma decisão, busque informações de fontes confiáveis e diversas. Não se deixe levar pela pressão do momento ou pelo desejo de fazer algo apenas para se sentir proativo.

Para visualizar melhor a situação, crie um plano detalhado que inclua possíveis consequências de suas ações. Isso ajudará você a manter o foco em decisões racionais e bem-informadas, em vez de reações impulsivas. Por último, mas não menos importante, pergunte para si mesmo se essa ação é realmente necessária ou se está sendo motivada pelo medo ou ansiedade de não fazer nada.

8. A Ilusão do Fim da História

Pense no seu trabalho atual, onde está há vários anos. Todos os dias seguem um padrão familiar: você acorda às 6h30, toma aquele café rápido enquanto checa as notificações do celular e enfrenta o trânsito caótico até o escritório. Ao chegar, cumprimenta os colegas com um sorriso automático e dirige-se à sua mesa, onde uma pilha de tarefas repetitivas o espera. Você se lembra de quando começou neste emprego, cheio de entusiasmo e ideias, mas agora, a rotina se tornou tão previsível que você sente como se estivesse preso no piloto automático. Na volta para casa, cansado e desmotivado, você pensa que talvez este seja o melhor emprego que conseguirá.

Mesmo vendo anúncios de cursos de especialização na sua área, você hesita em se inscrever, convencido de que suas habilidades estão limitadas ao que já faz. No trabalho, surgem projetos diferentes, oportunidades para aprender algo novo, mas você rapidamente se convence de que isso não é para você. “Deixe para alguém mais jovem ou mais qualificado,” você pensa. Mesmo quando aquele colega, que entrou depois de você, é promovido por ter aceitado desafios, você se sente preso, achando que não está pronto para mudanças.

Esse sentimento de estar estagnado e de que seu futuro será igual ao presente é um exemplo clássico da Ilusão do Fim da História – a crença de que você não mudará significativamente no futuro. Psicologicamente, isso acontece porque tendemos a subestimar nosso potencial de crescimento e adaptação. Estudos conduzidos por Daniel Gilbert, psicólogo da Universidade de Harvard, mostram que as pessoas veem suas personalidades e preferências como estáticas, mesmo que essas características mudem muito ao longo do tempo.

Como abraçar a mudança:

Reconheça que suas preferências e crenças vão mudar com o tempo. Esteja sempre aberto a novas experiências, relacionamentos e crescimento pessoal. Para realmente enriquecer sua vida, que tal tentar algo novo? Inscreva-se naquele curso de especialização que você sempre quis fazer, mas nunca teve coragem. Ou quem sabe experimentar um novo esporte, como tênis ou escalada, pode ser uma boa ideia. Até mesmo assistir a um filme de um gênero que você nunca explorou antes pode ser uma aventura.

Estabeleça metas de longo prazo que desafiem você e incluam novas experiências. Por exemplo, planeje uma viagem para um lugar que você sempre quis conhecer, aprenda a tocar um instrumento musical, ou comece um hobby que você acha interessante. Mantenha-se adaptável e aberto às mudanças. Participe de atividades variadas, como grupos de leitura, clubes de corrida ou aulas de culinária.

Essas pequenas ações podem fazer uma grande diferença no seu crescimento pessoal e profissional. Ao se permitir experimentar coisas novas, você pode descobrir paixões e habilidades que nem sabia que tinha. Então, saia da rotina, aceite os desafios e aproveite as oportunidades para aprender e crescer!

9. A Maldição da Especificidade

Eu tenho certeza que você já se deparou com a maldição da especificidade enquanto pulava de um story para o outro naqueles momentos de tédio nas redes sociais! Você está ali, passando de uma tela para outra, até que aquele cara lá que sempre tem algo engraçado para dizer, ou aquela blogueira super estilosa que compartilha cada detalhe do seu dia a dia, da vida de luxo à rotina de academia e cuidados com a pele, aparecem com uma dica “incrível”. Ela começa a falar sobre um novo produto milagroso para cuidados com a pele. Em vez de apenas dizer que o produto é bom e tem dado resultados, ele entra em detalhes minuciosos: “Este creme contém 3% de niacinamida, 0,5% de ácido salicílico, e 1% de ácido hialurônico. Cada ingrediente foi selecionado cuidadosamente para maximizar a hidratação, reduzir a inflamação e combater a acne”. Ou mesmo apresentam “oportunidades” de investimento dizendo: “Você quer ganhar R$ 1856,00 por mês investindo em fundos imobiliários?”

Esses detalhes específicos fazem você pensar que o influenciador realmente entende do que está falando, o produto é de alta qualidade e cientificamente desenvolvido, ou que o fundo oferecido foi calculado minuciosamente por especialistas que sabem o que estão falando. Você começa a acreditar que isso é exatamente o que você precisa, mesmo sem verificar os detalhes e ter certeza do que está comprando.

Sim, meu amigo, você caiu na Maldição da Especificidade, onde informações extremamente detalhadas parecem mais persuasivas, mesmo que sejam irrelevantes. Psicologicamente, isso acontece porque detalhes minuciosos podem criar uma impressão de autenticidade, realismo e dão à pessoa que vende um ar de especialista no tema. Quando ouvimos ou lemos informações ricas em detalhes específicos, tendemos a assumir que essas informações são verdadeiras e relevantes, mesmo que não sejam.

Jongmin Kim, da Singapore Management University, se uniu a Nathan Novemsky e Ravi Dhar, da Yale University, para explorar como a especificidade dos detalhes influencia a percepção de autenticidade e a tomada de decisão. No estudo “Adding Small Differences Can Increase Similarity and Choice”, os pesquisadores comprovaram essa tendência de que ao adicionar pequenos detalhes específicos a uma descrição faz com que as pessoas acreditem mais na veracidade da informação, levando-as a escolhas que elas podem não ter feito se as descrições fossem mais gerais.

Como Evitar:

Quando confrontado com uma avalanche de detalhes específicos, pergunte a si mesmo quais informações são realmente importantes para suas necessidades e objetivos. Só porque uma informação é específica, não significa que seja relevante para você e, dependendo da fonte, pode nem ser verdadeira. Certifique-se de que as informações detalhadas vêm de fontes confiáveis e que os detalhes são realmente relevantes para a decisão que você precisa tomar. Investigue a credibilidade da fonte e busque evidências que sustentem as afirmações.

Lembre de ligar o alerta do pensamento crítico: é muito importante questionar a relevância e a precisão dos detalhes fornecidos. Esses detalhes fazem diferença na sua decisão ou se estão apenas criando uma ilusão de autenticidade? Lembre-se de que a especificidade pode ser usada como uma técnica de persuasão, e nem sempre indica a qualidade ou a relevância da informação.

10. O Viés de Reatância

Não faz muito tempo, quando ainda vivíamos o cenário durante a pandemia de COVID-19, as autoridades de saúde implementaram a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos. A intenção por trás dessa medida era clara: proteger a saúde pública e reduzir a propagação do vírus. No entanto, à medida que essas regras foram impostas, muitas pessoas começaram a sentir que sua liberdade pessoal estava sendo ameaçada. As instruções rígidas sobre quando, como e onde usar a máscara, acompanhadas por multas e sanções para os infratores, fizeram com que algumas pessoas sentissem uma reação instintiva de resistência.

Você se lembra de como algumas pessoas reagiram a essas regras? A sensação de ser forçado a usar uma máscara, especialmente em ambientes ao ar livre ou em situações onde acreditavam estar seguras, gerou um forte desejo de desobedecer. Mesmo sabendo dos benefícios e da importância do uso das máscaras para a saúde pública, o fato de serem obrigadas a seguir essas regras de maneira tão autoritária provocou uma reação contrária – um desejo de reafirmar sua autonomia e liberdade pessoal. Com certeza você passou por alguém no mercado com a máscara pendurada no pescoço, ou ainda cobrindo apenas a boca e deixando o nariz de fora.

Essa resistência é um exemplo do Viés de Reatância, que é a tendência de querer fazer o oposto do que nos pedem quando sentimos que nossa liberdade está ameaçada. Esse viés acontece porque a sensação de que estamos sendo limitados provoca uma reação de resistência. O conceito foi apresentado por Jack Brehm em 1966, que definiu a reatância como “a motivação para recuperar uma liberdade após ela ter sido perdida ou ameaçada”. Essa tendência pode levar a comportamentos contrários às regras, especialmente quando a liberdade é muito valorizada e a ameaça é direta e autoritária.

Como Superar:

Em vez de se concentrar na imposição das regras e em como isso limita a sua liberdade, pense em como isso pode afetar as pessoas à sua volta e nos possíveis benefícios que isso pode trazer. Por exemplo, no caso do uso de máscaras, mesmo com informações dissonantes em relação à sua eficácia, adotar essa medida faz com que as pessoas se sentissem protegidas e de certa forma diminuía a ansiedade das pessoas que conviviam com você nessa época. Você também pode se educar sobre o motivo das regras e medidas impostas.

Quando você entende o raciocínio por trás das ações, é mais fácil aceitar as restrições. Procure informações de fontes confiáveis e baseadas em evidências para formar sua opinião. Se possível, participe das decisões que te afetam: se há uma nova política em seu condomínio ou trabalho, tente se envolver nas discussões. Ter uma voz ativa pode aumentar sua aceitação e a sensação de controle.

11. O Efeito da Ambiguidade

Pense numa situação hipotética em que você está planejando as férias dos seus sonhos e tem duas opções tentadoras. A primeira é uma viagem para uma cidade que você já conhece bem. Você já visitou várias vezes, conhece os melhores restaurantes, os pontos turísticos e até tem amigos por lá. É um lugar confortável e familiar, onde você sabe exatamente o que esperar.

A segunda opção é um destino exótico e distante, que você sempre quis conhecer, mas sobre o qual sabe muito pouco. Você ouviu dizer que é um lugar incrível, com paisagens de tirar o fôlego, uma cultura rica e experiências únicas. No entanto, você também ouviu falar que o idioma pode ser uma barreira, que os costumes são muito diferentes dos que você está acostumado e que a logística da viagem pode ser um pouco complicada. À medida que você pensa nas duas opções, a incerteza sobre o destino exótico começa a pesar. Você imagina possíveis dificuldades: se perder por não falar a língua, não entender os costumes locais, enfrentar imprevistos no transporte e a possibilidade de não se adaptar ao ambiente. Por outro lado, a viagem para a cidade conhecida parece mais segura e confortável. Você já sabe onde comer, o que visitar e tem a garantia de uma experiência agradável e sem surpresas. Então, mesmo sabendo que o destino exótico poderia oferecer experiências inesquecíveis, você decide optar pela cidade que já conhece. Afinal, é mais fácil e seguro, e você pode relaxar sem se preocupar com o inesperado.

E é aqui que temos um viés, você percebe? Tomamos como verídica uma realidade criada apenas pela nossa lógica, por vezes muito falha. Esse é o Efeito da Ambiguidade, nossa tendência de evitar escolhas que são pouco claras, mesmo que possam levar a melhores resultados. Psicologicamente, isso acontece porque o desconhecido é percebido como arriscado e potencialmente ameaçador. Um experimento conduzido pelo economista e analista militar americano Daniel Ellsberg, em 1961, demonstrou que as pessoas preferem opções com riscos conhecidos em vez de opções com riscos desconhecidos, mesmo que as últimas possam ter melhores resultados. Esse fenômeno é conhecido como o Paradoxo de Ellsberg.

Como Tomar Riscos Calculados:

Para superar o Viés da Ambiguidade e tomar decisões mais equilibradas, analise cuidadosamente os potenciais riscos e benefícios das opções desconhecidas. Pergunte a si mesmo: quais são as piores e melhores possibilidades? Os benefícios potenciais justificam os riscos? Vale também fazer uma lista escrita com os prós e contras das opções a serem escolhidas. Dessa forma você traz para a equação o seu senso crítico e a mente racional.

Em vez de se comprometer completamente com uma nova escolha, experimente de forma incremental. Por exemplo, se estiver dividindo entre dois destinos de viagem, pesquise bastante sobre o destino exótico. Leia blogs de viagem, assista a vídeos, converse com pessoas que já estiveram lá e participe de fóruns de discussão. Quanto mais informações você tiver, menos incerto e arriscado o destino parecerá.

Além disso, considere a possibilidade de dividir suas férias entre os dois destinos. Passe alguns dias no local que você já conhece e reserve um tempo para explorar o novo destino. Dessa forma, você experimenta algo novo sem abrir mão do conforto do familiar.

Lembre-se de que algumas das melhores experiências e oportunidades vêm de sair da zona de conforto. Lembre de ocasiões anteriores em que tentar algo novo resultou em experiências inesquecíveis. Veja essa nova experiência como uma oportunidade de aprendizado, independentemente do resultado. Mesmo que a viagem ao destino exótico não seja perfeita, você ainda ganhará conhecimento, memórias únicas e histórias para contar.


Hoje, estamos rodeados de informações por todos os lados, e as decisões precisam ser tomadas rapidamente. Por isso, é mais importante do que nunca estar ciente dos efeitos cognitivos da negligência e da fuga, e trabalhar ativamente para mitigá-los. Seja em finanças pessoais, decisões de carreira ou até mesmo na vida cotidiana, entender como a mente funciona é crucial para melhorar a tomada de decisão e evitar armadilhas mentais que podem nos prejudicar.

Ao reconhecer esses padrões de pensamento e comportamento, você poderá avaliar cada situação com uma perspectiva crítica e objetiva, sempre buscando informações relevantes e considerando os possíveis vieses que podem influenciar suas decisões. No fundo, o grande exercício diário é aprender como direcionar a energia mental para a parte consciente da nossa mente. Quanto mais conscientes nos tornarmos da forma como tomamos decisões e como a nossa mente trabalha quando fazemos isso, mais fácil será viver a vida e buscar aquilo que queremos.


Você gostou desse assunto? Então não se esqueça que esse é apenas o primeiro de uma série de 3 artigos sobre os efeitos cognitivos. Fique atento para o próximo, onde continuarei a explorar esses fenômenos fascinantes e suas implicações práticas para nossa vida diária.

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